3º)
(...) Ao entrar em casa, os seus olhos abriram-se de espanto. Casa
rústica como sempre sonhou ter um dia. Sentiu os braços do seu amado em
volta do seu corpo. Olhou para ele, e viu o seu largo e feliz sorriso,
pois o rosto dela não escondia a emoção que sentia. Foram lentamente
percorrendo a linda casa, com cheiro das mais diversas flores por lá
espalhadas. Pararam mais tempo numa porta que estava fechada... O quarto
principal, pensou ela,com o coração novamente acelerado. Não precisou
perguntar! Os olhos dele responderam à sua dúvida. Quando se apercebeu
estava a ser levada nos seus braços para o interior do quarto. Não
resistiu, lançou os seus braços em volta do pescoço dele. Com muito
cuidado envolto de um profundo amor, ele pousou-a no que seria para
sempre o leito de amor entre duas pessoas apaixonadas(...)
4º(...) O silêncio do amor que se instalou entre os dois , diziam mais
que todas as palavras que dissessem, pois os seus olhos , os seus
braços, os seus corpos, uniram-se de tal forma que se entregaram um ao
outro sem tabus, pois afinal sempre se amaram e era a confirmação e
concretização do que ambos tinham sonhado, embora não o tivessem
verbalizado nas milhares de vezes que falaram. Agora, tudo seria
diferente. Podiam fazer projectos, filhos já não poderiam ter , pois a
idade dela não permitiria, mas tudo seria colmatado com as crianças
existentes em ambas as famílias.
Naquela hora de entrega, e que
ambos perderam a noção do tempo, a noite chegou, mas para eles era o
início da partilha e cumplicidade de amor entre ambos. Tinham tanto para
falar, que se atropelavam um ao outro com as palavras, os beijos, o
amor (...)
(continua)